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A sátira menipeia é uma forma de sátira escrita geralmente em prosa, com extensão e estrutura similar a um romance, caracterizada pela crítica às atitudes mentais ao invés de a indivíduos específicos. Teria sido criada por Menipo, escritor grego antigo cujas obras não restaram, mas foi principalmente mantida por Luciano de Samósata e Marco Terêncio Varrão. Outras características são as diferentes formas de paródia e crítica aos mitos da cultura tradicional.
O termo é geralmente utilizado por gramáticos clássicos e filólogos para diferenciar as sátiras em prosa (por oposição às sátiras em verso de Juvenal e imitadores). As atitudes mentais típicas ridicularizadas pelas sátiras menipeias são os "pedantes, os sectários, os excêntricos, os arrivistas, os moralistas, os entusiastas, os rapaces e os incompetentes, que são tratados como doenças do intelecto". O termo se diferencia da sátira praticada anteriormente por Aristófanes, por exemplo, que era baseada em ataques pessoais. O gênero é importante para Bakhtin, que o considera uma das origens do romance polifônico. A sátira menipeia teria influenciado vários autores posteriores, como Rabelais, Erasmo de Roterdã, Voltaire, entre outros.
"Na sátira menipéia, desaparecem todos os resquícios das barreiras hierárquica, social, etária, sexual, religiosa, ideológica, nacional, linguística etc.; (...) tudo é alvo de rebaixamento grosseiro e inversões ousadas, nas quais os momentos elevados do mundo aparecem às avessas, com uma faceta oposta àquela em que antes se manifestavam"